A criação de empregos formais atingiu 124,5 mil vagas em novembro, melhor resultado para o mês pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado do ano, são 1,936 milhão de novos empregos, o que levou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a manter sua projeção para um recorde em 2007, "entre 1,65 milhão e 1,7 milhão" de novos postos.
O número acumulado de janeiro a novembro deste ano supera a marca histórica para o período em 2004, de 1,875 milhão e também foi superior às 1,546 milhão de novas vagas com carteira assinada criadas em igual intervalo de 2006. A maior marca anual, até agora, foi de 1,523 milhão de novos empregos em 2004. O ministro lembrou que, sazonalmente, há um recuo na contratação em dezembro, que é o fim da época da produção e comércio de Natal. Mesmo assim, ele acredita que as perspectivas de continuidade da expansão econômica em 2008 devem reduzir as demissões.
A expectativa do ministro para 2008 é de que a expansão econômica gere cerca de 2 milhões de empregos formais. "Sou um otimista", afirmou, "e acho que o próximo ano será um dos melhores para o país, com um crescimento de 6%" do Produto Interno Bruto (PIB). Lupi disse que é cedo para tirar conclusões se a possível recessão da economia americana vai ou não se refletir na economia global, e na economia brasileira em particular. "Vamos ver como vai se comportar a economia no mundo e qual será a influência da economia dos Estados Unidos", comentou.
"Acho que as contas brasileiras surpreenderão", continuou ele, citando projetos do governo e sua confiança no dinamismo da economia do país. O ministro lembrou que o início do ano, sazonalmente, é fraco na criação de novos postos de trabalho, "mas depois de março, a expansão começará a se refletir".
De janeiro a novembro, o setor de serviços criou 627.898 postos de trabalho, a melhor marca já apurada, ultrapassando a indústria de transformação, que totalizou 537.556. No comércio foram registrados 374.962 postos e na construção civil, outro recorde, com 202.636 vagas para o mesmo intervalo. Somente em novembro, o destaque ficou com o comércio com 99.667, o melhor patamar para o mês. O ministro do Trabalho chamou a atenção para o desempenho da construção civil, com 7.811 novos empregos, o primeiro resultado positivo em meses de novembro.
Outro recorde para o mês ficou com o setor de serviços, com a criação de 62.422 postos, o melhor da série histórica do Caged. A agropecuária teve demissões líquidas de 43.105 empregos (normal para esta época do ano) e a indústria de transformação também registrou menos 2.496 vagas.