Diante dos rumores de que teria sido novamente sondado para o Ministério da Fazenda, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), telefonou para o ministro Guido Mantega e negou qualquer convite do Palácio do Planalto para ocupar a pasta. "É tudo especulação", afirmou Pimentel, que chegou a figurar como ministeriável após a queda de Antonio Palocci, mas na época descartou a possibilidade de deixar o comando da maior capital para assumir a Fazenda.
Ele elogiou Mantega e disse que o ministro é "imprescindível ao Governo" nesse momento. Mas procurou deixar as portas abertas para uma futura "convocação". "O presidente, se chegar ao ponto de fazer um contato nessa direção não é um convite, é uma convocação", afirmou, recusando-se a falar em hipótese.
As especulações em torno de Pimentel surgiram depois que ele viajou para Brasília na noite de segunda-feira, quando o presidente e Mantega ainda estavam em Montevidéu, no Uruguai. O ministro vivia um momento de intenso desgaste após a rejeição da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Senado. No dia seguinte, oficialmente o prefeito apenas se encontrou com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, para tratar das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na capital mineira.
"Não fui convidado, o presidente Lula sequer falou comigo. Ele estava no Uruguai. Talvez a coincidência de agendas, porque eu fui a Brasília no momento em que havia essa especulação", insistiu. Pimentel minimizou o episódio em que o presidente desautorizou o ministro, afirmando que a relação entre Mantega e Lula remonta a fundação do PT