quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Governo movimenta a economia de 450 cidades


Em 450 municípios brasileiros, mais da metade da riqueza gerada não vem da indústria, dos serviços nem da agropecuária. Vem do governo. São cidades pobres, de população pequena, localizadas em sua maioria no Norte e no Nordeste e, em alguns casos, de vasta extensão territorial. Locais onde a administração pública tem um peso superior a 50% do PIB municipal. Na média brasileira, o setor representa só 13% da economia.

Em Uiramutã, cidade na fronteira de Roraima com Venezuela e Guiana, os 6.500 habitantes se espalham em 8 mil quilômetros quadrados de território, dos quais grande parte é uma reserva indígena. A presença do Estado, pelo menos no PIB, é forte: 81%.

- Isso é o peso de salários e remunerações do funcionalismo, nas três esferas: municipal, estadual e federal. Não estão sendo medidos os serviços públicos - explica o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto.

Além de Uiramutã, outras cinco cidades têm a administração pública com peso superior a 70% do PIB. Quatro ficam na Paraíba: Areia de Baraúnas, Poço Dantas, Vieirópolis e Lastro. Em Japurá, no Amazonas, o governo responde por 70,6% da economia.

Entre as capitais, chama a atenção o peso do governo no Rio, de 13,1%. A administração pública gerou R$15,61 bilhões em riquezas em 2005, valor só inferior ao de Brasília (R$38,69 bilhões). Olinto, do IBGE, lembra que o passado de capital federal deixou no Rio a sede de diferentes órgãos da administração central, como departamentos do Banco Central e dos ministérios e institutos como o próprio IBGE.

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