Os governos dos Estados Unidos e do Brasil pretendem apoiar iniciativas conjuntas de empresários dos dois países, para promoção de produtos industriais, como têxteis, e agrícolas, como já acontece com a soja, alvo de campanhas feitas por associações brasileiras e americanas na China. Essa é uma das prioridades estabelecidas por autoridades do Departamento de Estado e do Itamaraty, que participaram de reunião inédita, ontem em Brasília.
Como informou ontem o Valor, o objetivo dos dois governos é reproduzir em outros setores o êxito político alcançado com a parceria no setor de etanol, explicou o secretário assistente para economia, energia e assuntos empresariais do Departamento de Estado , Daniel Sullivan.
Uma das pretensões dos dois governos é coordenar, no mais alto nível, atividades já realizadas bilateralmente por órgãos especializados dos dois governos, como os ministérios e secretarias de Agricultura e de Comércio.
A ambição não impediu que os representantes dos dois governos discutissem assuntos bem específicos, como o pedido americano para mais linhas aéreas no Brasil e o esforço do governo brasileiro para garantir à cachaça uma classificação específica no sistema aduaneiro americano, diferente da do rum, também destilado da cana. O tema, segundo o embaixador Roberto Azevedo, subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Itamaraty, tramita com forte chance de aprovação na burocracia comercial dos EUA.