quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Aliados tentam anular pressão


Aliados da ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), vão trabalhar para anular as pressões de setores do partido para que ela defina o mais rápido possível se será candidata à prefeitura de São Paulo. O grupo, fiel à ex-prefeita desde a época em que ela era deputada, não quer que, por causa dessa cobrança, a definição saia antes do prazo máximo imposto pela Lei Eleitoral — quatro meses antes da eleição, ou seja, 5 de junho.

A estratégia é deixar o PSDB e o DEM digladiando na arena para definir quem será o candidato da coligação ou, até mesmo, se será rompida a aliança histórica entre as duas legendas na maior capital do País. Aliadas de primeira hora, as siglas travam uma disputa interna que começa a tomar corpo.

Enquanto o DEM deseja que o prefeito Gilberto Kassab concorra à reeleição com plenas condições, setores do PSDB dizem não abrir mão de uma candidatura encabeçada pelo ex-governador Geraldo Alckmin. Surfando na contenda entre seus principais rivais, os aliados de Marta querem convencer o PT de que a melhor saída seria segurar o lançamento da candidatura da petista até o último instante, posição semelhante a que adotou o atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na disputa pela Prefeitura em 2004. Naquele ano, ele deixou a sua definição para a última hora e derrotou Marta.

“Quem tem pressa em ter definições são eles (PSDB e DEM). Quanto mais tempo, melhor. O problema hoje é entre o Kassab e o Alckmin”, afirmou o ex-presidente municipal do PT em São Paulo e vereador paulistano Paulo Fiorilo. Levada para o governo Lula como ministra do Turismo, Marta até agora não admitiu ser candidata, mas tem repetido por todos os cantos que a pressão tem sido grande e já deixou escapar sua simpatia por entrar na disputa, desde que exista um amplo acordo no PT.

A ex-prefeita não tomará nenhuma decisão de abandonar o governo para ser candidata antes que o próprio presidente indique com uma liberação do cargo. Quando assumiu o novo mandato, o presidente fez questão de ressaltar que não queria consigo nenhum ministro que deixaria o cargo para se candidatar.

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