quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

PSDB e DEM tentam salvar aliança em SP


Dispostos a apaziguar os ânimos entre os correligionários do PSDB e do DEM em torno das eleições municipais na capital paulista, o ex-governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab reuniram-se ontem em um almoço, na casa do presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo. Na pauta, a discussão do futuro da aliança para o pleito de 2010. Tanto um lado quanto o outro não quis comentar o encontro.

Antes, Alckmin teve uma conversa com o ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen que, em nota, destacou a importância de os dois partidos seguirem juntos como oposição ao PT.
A continuidade da coligação está ameaçada desde que Alckmin e Kassab declararam-se dispostos a disputar a prefeitura da capital do estado de São Paulo. A tensão aumentou nos últimos dias, quando líderes tucanos e democratas vieram à público decretar que as duas pré-candidaturas eram inevitáveis. Na ocasião, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), chegou a afirmar que Kassab seria o candidato natural do partido, independente da decisão do PSDB.

Em nota divulgada à imprensa após o encontro com Alckmin, Bornhausen procurou por panos quentes na disputa entre os aliados. "Ambos concordamos que a eleição de 2008 terá influência sobre a eleição de 2010. Concordamos também sobre a necessidade da manutenção da coligação PSDB-Democratas", disse.

Segundo Bornhausen, antes de qualquer decisão os dois partidos vão buscar o diálogo. "Há tempo necessário para uma solução comum. O mais importante para o Brasil é vir a ter um governo federal competente e honesto", acrescentou o ex-presidente do DEM.

O próprio prefeito paulistano também já havia baixado o tom em suas últimas declarações com a esperança no poder de persuasão do governador paulista, José Serra (PSDB), favorável à manutenção da aliança e da candidatura de Kassab.

Depois da reunião com Bornhausen, Alckmin, que prometeu não se manifestar sobre o assunto até fevereiro, recebeu em seu escritório 23 pré-candidatos tucanos a prefeituras na região metropolitana de São Paulo. Os tucanos foram fazer um apelo ao ex-governador para que saia candidato.

- A eleição na capital tem reflexos sobre as demais cidades ao expor o número 45. Isso fortalece as candidaturas locais - disse o deputado estadual, Orlando Morando, com base em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista.

De acordo com Morando, Alckmin disse que a decisão sobre a candidatura cabe ao partido, o que configura uma mudança de postura em relação a 2006, quando impôs o seu nome ao PSDB.

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