Depois de suspender, na semana passada, a concessão de crédito rural para promover ajustes com base nas novas alíquotas de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o Banco do Brasil (BB) retomou ontem a maioria das linhas de financiamento. As opções passam a ser ofertadas com pequenas elevações, o que na avaliação do governo não deverá encarecer muito o crédito ao produtor.
Apenas duas opções, o Pronaf de custeio (destinado a pequenos agricultores) e o Desconto de Nota Promissória (muito usado por grandes agroempresários) continuam congeladas. Ambas, no entanto, deverão ser restabelecidas hoje. Esses financiamentos não tinham incidência de IOF e passarão a ter. Técnicos do Ministério da Agricultura acreditam que a interrupção temporária do financiamento, assim como as novas taxas, não comprometerá o empréstimo.
Já os recursos disponibilizados ao campo por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e o dinheiro para a reforma agrária, que não foram suspensos pelo BB, escaparam do novo IOF. As duas formas de financiamento continuam isentas de imposto. O BB é o grande agente financeiro do campo e empresta cerca de 70% do crédito agrícola no Brasil. O banco deverá destinar R$ 40 bilhões para a safra 2007/2008, sendo que R$ 15,6 bilhões já foram desembolsados. O IOF teve alíquota diária elevada de 0,0041%, para 0,0082%.