Com o presidente Lula em Cuba, onde anunciou investimentos da ordem de R$ 1 bilhão na ilha de Fidel Castro, e o presidente da República em exercício, o vice José de Alencar, num leito de hospital em São Paulo, o governo ontem quase ficou à matroca. Os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, se escafederam. Estavam o presidente da Comissão Mista de Orçamento, José Maranhão (PMDB-PB), e o relator, José Pimentel (PT-CE), em Brasília sem interlocutores credenciados para discutir os cortes nas despesas do Executivo. A ministra Dilma Rousseff se limitou a cuidar do expediente do Palácio do Planalto.
“O Lula viajou e todo mundo aproveitou para entrar em férias”, reclamava o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), depois de perambular inutilmente pela Esplanada em companhia de outros integrantes da comissão. A única autoridade de plantão era o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB-PE), que não nomeia, nem libera emendas.
