quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Interesses políticos


Na contramão da realidade brasileira, políticos estão vendo o progresso com o olho no próprio umbigo. Poucos países têm a condição de avançar no mercado mundial como o nosso. A dívida externa paga, além da produção agrícola e industrial que criam condições de participação do conceito mundial como sociedade crescente. O Presidente Lula possui como poucos o sentimento político do universo. Do outro lado, os interesses pessoais crescem. Legisladores querem cargos e poder, de olho nas nomeações com vistas às eleições.

Desejos do Presidente cingem-se às eleições como político. As reformas são parte do pensamento do governo. O assunto é abordado com rigor pelo vice-presidente José Alencar. Os remendos que temos aplicado à estrutura democrática devem ser substituídos por reformas que nasçam na convivência digna da população.

Sem interesses paroquiais, entraremos com visão ampla na harmonia dos países crescentes. Há defeitos de infra-estrutura. O Brasil tem o dever de equacionar problemas que nos atormentam e retardam o crescimento. Se tal não acontecer, terá sido debalde o trabalho do governo e do povo pelo crescimento.

De parte dos políticos, surge forte o interesse vil e fecham os olhos à situação que está à frente do país. Os políticos não engatam a marcha do progresso. E não se negue nisso boa parte do Partido dos Trabalhadores. Quando Lula foi eleito, o coração brasileiro sentiu que a política iria mudar. Eis que aparece o logro que sufocou a alegria, cedendo lugar aos desígnios duvidosos, projetando novas aflições.

Vemos que boa parte do PT quer participar do progresso, mas os interesses pessoais de muitos estimulam forças que se destinam mais ao bem-estar pessoal que em favor do país. E, nisso, setores do partido se impregnam da ânsia de crescimento pessoal em detrimento da coletividade patriótica.

À equipe ministerial juntam-se desejos apegados à origem interesseira de quem quer manter o poder ainda que indo contra a maré do progresso. Falta unidade no ministério, e a batuta do maestro sente o som destoante da harmonia desejada. Os caminhos são árduos para vencer o personalismo partidário. Esta é a hora de o Brasil se firmar como força legítima de produção.

Claro que temos pretensões de liderança continental. Ocorre que o comportamento do governo e do povo brasileiros junto aos países da América Latina justifica a posição calma e segura de que o país está se juntando à liderança do conceito internacional de nações. Percalços da nossa vida política não se modelam por interesses subalternos. Os defeitos são claros e aos olhos de todos.

Há, entretanto, interesse em reduzir a miséria e dar ao cidadão os direitos que possibilitem sua aproximação com a realidade da vida. Ainda gastamos muito do orçamento em assistência à pobreza. Com isso, relegamos política social que bem poderia se estender a todos. E temos preferido o conceito assistencial ao social, que seria muitas vezes mais útil, produtivo e lógico.

Vivemos a paz interna e longe da guerra de poderes como outros países da América do Sul. Não temos o terrorismo danoso. O PT já foi baderneiro e sentiu a dor do mal. Divergências existem, mas com fácil contorno. A fraternidade supera lutas internas quando prevalecem os valores que colocam o país longe da maioria do povo do continente.

Bancos de investimentos estrangeiros estão de olho no crescimento do Brasil, e dólares entram em boa quantidade para movimentar a economia.

A guerra no Iraque mina a economia americana. O déficit orçamentário provoca tremores no campo imobiliário. O prejuízo crescente nas grandes empresas americanas atinge a vida interna dos Estados Unidos. Dólares buscam outras praças, e o Brasil tem sido aquinhoado com o grau de confiança da comunidade econômica. Com esses fatos, encontramos a brecha para nos instalarmos com a consciência de que o lugar poderá ser marcado desde que a vida política concorra para a grande jornada.

É hora de continuar trabalhando com a vista voltada para o progresso, que nos estimula, e deixar as lutas interesseiras distantes do que desejamos.

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