O senador Edison Lobão (PMDB-MA) ainda nem assumiu o Ministério de Minas e Energia e já está sendo cobrado pela oposição no Senado. Seu filho e suplente na Casa, o empresário Edison Lobão Filho (DEM-MA), terá de dar explicações sobre as denúncias de que usou um laranja para ocultar dívidas de uma empresa de bebidas. Lobão Filho deve assumir a vaga de senador assim que seu pai tomar posse no ministério.
Lobão Filho, conhecido como Edinho, era sócio da empresa que, segundo o Ministério Público, foi transferida para o nome de duas mulheres, uma delas empregada doméstica, sem o conhecimento e concordância de ambas. A transferência teria sido feita para limpar os nomes dos donos reais da empresa.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), sinaliza que não dará trégua, mesmo que o suplente seja do DEM, partido aliado na oposição. “Vamos querer explicações dos dois (pai e filho)”, afirmou. O mesmo discurso foi adotado pelo presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). Ele pedirá que Lobão Filho dê esclarecimentos sobre as denúncias caso vire senador.
DEM e PSDB pressionam o suplente de Lobão porque sabem que ele dificilmente fará o jogo da oposição no Senado.
Filho de um provável ministro e aliado do senador José Sarney (PMDB-AP), Lobão Filho é dado como soldado certo da tropa governista. Mesma postura adotado pelo pai antes de trocar o DEM pelo PMDB.
Líder do PMDB na Câmara, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN) disse que essas denúncias contra Lobão e seu filho já eram esperadas e não têm força política nem consistência para colocar em risco a nomeação para o ministério.
